domingo, 20 de setembro de 2009

Meu Sonho ou sonho de todos nós????



Hoje inicio este blog com um sonho: mudar minha cidade!
Melhor:  eu quero um sonho muito maior: mudar a Baixada Santista, Estado de São Paulo e o meu Brasil.

Impossível??? Se acreditasse nisso, não lutaria por isso! Martin Luther King quando disse o famoso "I had a dream" ("Eu tive um sonho") não imaginaria a mudança que causaria e, claro, que ainda há muito o que fazer.
Mas, não sou Luther King e este meu sonho, que não é só meu, tem a ver com a substituição do nosso veículo motorizado (normalmente um carro ou moto), a "armadura" do século XX e XXI, onde o metal, o vidro e o plástico nos oferece uma defesa contra os outros “cavaleiros” e nos permite ver e sentir todas as formas de agressões que os outros nos infligem: andar devagar demais, ou rápido demais, no meio, param no farol amarelo ou passam no farol vermelho.
Estão sempre nos agredindo, os nossos iguais, os carros, mas também, os mastodontes motorizados: os caminhões, os ônibus, as vans e as camionetes. Sofremos ataques até dos veículos menores, as motos, os pedestres, os cavaleiros, os carroceiros de papéis, latas etc.
BASTA !!!!  Com a neurose, com a nossa psicose e com o desperdício de tempo, de energia não renovável, da nossa felicidade.  A saída esta na humanização do transporte: o andar a pé, quando temos tempo e para distâncias menores; correr em alguns casos, mas a grande alternativa está na bicicleta, bike ou magrela. O ganho é enorme e fico assustado de como descobri isto somente aos 50 anos de idade, o ganho que está tão em moda: a proteção ao meio ambiente, a poluição zero, pois mesmo o veículo elétrico polui (na produção da energia elétrica), a bike é rápida (média de 15Km por hora) contra 5 a 10 km /h nos horários de pico dos carros nas grandes cidades. Ganhamos também com a famosa frase “pratique um esporte”, me peguei diversas vezes pensando que numa academia gastamos muitos reais para fazermos esforço para nada. Como diria W. Edwards Deming, o papa da qualidade total, é um enorme desperdício!
O ciclista ou caminhante gasta energia, melhora sua saúde, economiza dinheiro e ainda aproveita o esforço para um dos maiores desperdício que existe: o transporte. Ainda há a questão lúdica e divertida, o olhar olho no olho com os ciclistas e caminhantes, a ausência da "armadura" de metal e vidro nos torna mais humanos, e as paisagens como as que eu aproveito na Baixada Santista. As únicas desvantagens estão associadas à baixa prioridade que é dada a estes meios de transporte, principalmente porque contrariam grandes poderes econômicos, à toda indústria automobilística e sua cadeia de suprimentos, as empreiteiras com seus ganhos mastodônticos e as oportunidades dos corruptos de obter uma parte de seus ilícitos ganhos, pois não seria possível extrair vantagens dos ciclistas e pedestres. Os automóveis poderiam coexistir para maiores distâncias, mas priorizando os transportes intermunicipais e de longas distâncias como trens, ônibus, aquáticos e aéreos. É também uma forma de democratizar, pois o carro é uma forma de status e de diferenciação entre quem tem e quem não tem, e quando se tem qual é o seu ano, marca e valor. Em tese qualquer um pode comprar uma bicicleta, somente com a economia do transporte público.
Uma mudança radical, porém necessária para uma civilização mais ecológica, mais humana e mais integrada com a natureza.

Vamos nessa???? Vamos transformar este sonho em realidade???

Se você acredita, lute comigo!!!

O primeiro passo: participem da Semana Nacional do Trânsito ocorre todo ano, no Brasil, de 18 a 25 de setembro. No 22 de setembro ocorre, em várias cidades do mundo, o Dia Sem Carros.


Abaixo alguns vídeos que corroboram com o nosso pensamento:

Ciclovia para as cidades que queremos




O exemplo do Rio de Janeiro 140Km de ciclovias.


Vídeo da TV Senado sobre ciclovias em Brasilia:




E o que não deve ser feito:

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Raio X das Ciclovias de Santos




Plano Cicloviário de Santos que consegui somente um antigo (de 2007), mas pelas minhas incursões, atualizei algumas ciclovias que estavam como planejadas, mas já estão implementadas.
A ciclovia da orla recebeu em 2007 o prêmio Pedala Brasil de melhor projeto, categoria arquitetura e desenho urbano, competindo com as cidades de Recife, Rio de Janeiro, Rio do Sul em Santa Catarina e Rio Claro.






Primeiro Trajeto: Ciclovia  da Orla e Ciclovia do Porto.
Divisa de São Vicente pela Orla de Santos até a Av. Portuários(11Km).

Exibir mapa ampliado




Comecei pela divisa de São Vicente com Santos na Praia e peguei este flagrante: O pessoal da empresa terceirizada de coletar as multas, estacionaram o veículo na faixa branca na orla da praia de Santos, digna de uma multa!! Nas fotos seguintes a divisa dos municípios na orla e as fotos dos prédios pé na areia.
Após este trecho atravessei a avenida em direção à orla da praia chegando ao emissário submarino, recém inaugurado com a linda obra de escultura de Tomie Ohtake, uma mini-ciclovia, pista de skate e o Museu do Surf.
Pena que, como vocês podem ver, esta em reforma!!


Filme do YouTube com as fotos:

Em construção, em alguns dias vocês terão o artigo completo!

domingo, 13 de setembro de 2009

Primeiro Cicloturismo pelas ciclovias de Santos a Itariri (94km)

Primeiros momentos: acordamos 6 horas do domingo dia 6 de setembro de 2009, olhamos pela janela e decepção: tempo fechado, totalmente nublado, mas sem chuva. tomamos o café e saímos pontualmente as 7:23 hs.
Sete e meia estávamos na ciclovia de Santos em direção a São Vicente, em menos de 10 minutos atravessamos a primeira divisa, continuando pela ciclovia do Itararé, desviando para a ciclovia da Linha Amarela, tínhamos que chegar a um dos cartões postais da Baixada a Ponte Pênsil, para isso saímos da ciclovia e pegamos as ruas para acessar a futura ciclovia do Gonzaguinha, atravessamos a Ponte Pênsil e acessamos (após 1 km ???) a ciclovia da Avenida Tupiniquins.
Chegamos a Praia Grande através do seu Portal e decidimos seguir pela ciclovia da Via Expressa (poderíamos acessar a ciclovia da Praia) até a curva do “S”, no final da via expressa.
Chegamos a Av. Kennedy, pois a Ciclovia da Praia estava longe. Após alguns momentos tivemos que parar porque a chuva caiu torrencialmente, paramos num supermercado para nos proteger e comer um lanche e nos hidratarmos. Após 40 minutos, ainda sob chuva, continuamos seguindo até a Ciclovia da Praia (Av. Pres. Castelo Branco), até a divisa com Mongaguá.
Sempre pela ciclovia beira-mar, onde havia objetos estranhos (vide as fotos, o respeito às ciclovias)

, chegamos à divisa com Itanhaém, onde tivemos que acessar a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, seguindo sempre que possível pela Marginal direita e num trecho pela ciclofaixa (acostamento da rodovia pintado de vermelho). A chuva fraca se transformou num pálido mormaço, suavizando nossa chegada a Peruíbe. A partir da rotatória de acesso a Peruíbe perdemos a faixa dupla da Rodovia, porém com avisos alertando os motoristas sobre os ciclistas no acostamento. Finalmente chegamos a cidade destino: Itariri, UFA! o revigorante fôlego da chegada!
O nosso objetivo foi uma chácara no distrito de Ana Dias, onde uma estranha platéia nos aguardavam ansiosos.

Dados do Percurso

Início : 7:23hs do dia 06/09/2009.
Fim : 14:03hs do dia 06/09/2009.
Kilometragem: 93,65
Tempo líquido (descontando as paradas) 4:55hs
Velocidade média: 18,90km/h
Velocidade máxima: 32,1 km/h
Percurso no Google Maps

Exibir mapa ampliado

Vídeo do Youtube com o percurso:



quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ciclovia.net primeiros passos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Uma via ciclável é um espaço destinado especificamente para a circulação de pessoas utilizando bicicletas. Há vários tipos de vias cicláveis, dependendo da segregação entre ela e a via de tráfego de automóveis:
tráfego compartilhado: não há nenhuma delimitação entre as faixas para
automóveis ou bicicletas, a faixa é somente alargada de forma a permitir o trânsito de ambos os veículos.
ciclofaixa:é uma faixa das vias de
tráfego, geralmente no mesmo sentido de direção dos automóveis e na maioria das vezes ao lado direito em mão única. Normalmente, nestas circunstâncias, a circulação de bicicletas é integrada ao trânsito de veículos, havendo somente uma faixa ou um separador físico, como blocos de concreto, entre si.
ciclovia: é segregada fisicamente do tráfego automóvel. Podem ser unidireccionais (um só sentido) ou bidireccionais (dois sentidos) e são regra geral adjacentes a vias de circulação automóvel ou em corredores verdes independentes da rede viária.
História
A prefeitura de
Paris criou, em 1862, caminhos especiais nos parques para os velocípedes para não se misturarem com as charretes e carroças, dando assim origem às primeiras ciclovias.
A construção de pistas cicláveis massificou-se durante o programa de autobahns no
Nacional Socialismo Alemão nos anos 30 do século XX, com a intenção de retirar as bicicletas das rede viária, que impediam os automóveis, que começavam a ser produzidos pela indústria automóvel, de atingir as velocidades desejadas. no estado de são paulo existe 4,5 km de ciclovias!
Meio Urbano
Dados e estudos em diversos países contrariam a crença de que ciclovias aumentam a segurança do ciclista no meio urbano. Visto que, numa ciclovia, o ciclista está separado do fluxo de veículos, sua interação com outros motoristas e sua visibilidade são prejudicadas em cruzamentos. No meio urbano, a maioria dos acidentes com ciclistas ocorre justamente em cruzamentos enquanto colisões traseiras só são significativas em vias interurbanas ou arteriais e isto é agravado quando se constrói ciclovias.

Nos EUA , Reino Unido, Alemanha, Suécia , Dinamarca, Canadá e na Finlândia, foi constatado que a instalação de ciclovias resultaram num aumento significativo, de até 12 vezes, na taxa de colisões entre carros e bicicletas por quilômetro pedalado.
Em Helsinki, pesquisas têm mostrado que os ciclistas tem mais segurança pedalando nas ruas compartilhando o tráfego com outros veículos do que quando usam os 800 km de ciclovias da cidade. A polícia e o senado de Berlin conduziram estudos que levaram a uma conclusão similar nos anos 1980. Em Berlin, apenas 10% das vias têm ciclovias, mas as ciclovias produzem 75% das mortes e demais acidentes de ciclistas. Ciclofaixas são menos perigosas do que ciclovias, mas mesmo aos exemplos melhor implementados foram associados um aumento de 10% de acidentes.

Estradas (vias arteriais ou rurais)
Dados de acidentes registrados pela polícia do Reino Unido indicam que em vias sem cruzamentos (vias arteriais ou interurbanas), 17% dos acidentes foram provocados por colisão traseira. A taxa de mortalidade aumenta com o limite de velocidade da estrada: 5% em estradas onde o limite é 50 km/h, 12% em 64 km/h, 21% em 100km/h e 31% em 110 km/h.

O uso de espaços segregados para ciclistas em vias arteriais ou interurbanas parece estar associado à redução do risco de acidentes. Na Irlanda, a instalação de grandes acostamentos nas vias interurbanas na década de 1970 resultou num decréscimo de 50% de acidentes com ciclistas. Foi reportado que os Holandeses também encontraram que vias segregadas para bicicletas levaram a uma redução de colisões no meio rural.


Referência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclovia